quarta-feira, 28 de maio de 2008

III Parte

Pensamento de João Calvino sobre o Credo Social
III Parte
Por José Geraldo MAgalhães Júnior

Perspectiva reformada a partir de Calvino e seu pensamento social foi o tema que o professor de História da Igreja na Fateo, Douglas Nassif Cardoso, levou à plenária. Ele começou dizendo que “o pensamento social de Calvino é pouco tratado na literatura dos reformadores”.
Douglas começou sua palestra destacando a importância de Guilherme Farel, um reformador francês, que ao desenvolver a reforma em Genebra ela foi de cunho político e religiosa. Já com dois anos de Reforma, em julho de 1536, João Calvino encontra Farel, que o convence a ficar no movimento e começa a desenvolver o projeto de igreja circunstancialmente. Na obra: “Dedicatória às Institutas”, Calvino afirma o respeito ao verdadeiro Rei como um verdadeiro ministro de Deus. A chave do pensamento de Calvino, segundo o professor, era que a política e a doutrina se completam.
Ao iniciar a reforma em Genebra ele inclui catecismo e uma profissão de fé. Era necessário a sociedade ser reestruturada. Para ele, a única instituição capaz de apontar os erros do Estado era a Igreja. Dentro dessa perspectiva teológica, Calvino desenvolve sistemas para evitar especulação de preço. Ele pede ao Conselho da Cidade que justifique, através de planilha, o por quê do aumento dos elementos básicos, inclusive o vinho.
Com isso, Calvino elimina a mendicância de Genebra através da política de sustento. Isso ocorreu de duas maneiras: a primeira delas era levar aqueles(as) que não tinham condições de sustento próprio para a agricultura e ali tirarem seu meio de sobrevivência. A segunda é que cabia aos diáconos visitar os lares e verificar nas despensas as necessidades básicas a serem supridas. Logo, Genebra passou a ser uma cidade de refúgio para os recentes na fé, principalmente os refugiados e vitimizados que precisavam ser recolocados nos campos de trabalho. Através do “bicho da seda” e do artesanato ele restabelece os oprimidos e desempregados à sociedade.
Nesse sentido, o trabalho passou a ser tratado como uma questão de culto e vocação
A questão do salário também foi explorada por Calvino. Ele se apresentava diante das cooperativas (sindicatos hoje) e reivindicava melhores salários. Em sua ideologia e teologia, se o empregador retivesse parte do salário do empregado, ele interferia dizendo que estava sendo tirado algo de Deus e não do empregado. Os pastores de Genebra, sob a orientação de Calvino sentavam-se às mesas com os empregadores para reivindicar salários justos. Enfim, Calvino baseava no cotidiano para suprir as necessidades sociais das pessoas.
Meio Ambiente

No momento das perguntas feitas por alunos, a questão do Meio Ambiente veio à tona. O professor José Carlos lembrou o tema que já foi abordado pela 51ª Semana Wesleyana e resultou no livro: Meio Ambiente e Missão: a responsabilidade ecológica das igrejas. Mas não parou por aí: “Todas as igrejas têm um desafio enorme com o cuidado com o meio ambiente, usos sustentáveis dos meios da terra”, disse ele. Concluiu dizendo que repensar o Credo Social numa perspectiva ecumênica envolve a responsabilidade ecológica das igrejas. Se as igrejas querem levar a sério sua missão, não podem deixar de debater sobre o meio ambiente. Do ponto de vista wesleyano, todos nós somos cuidadores da criação de Deus.

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