Raízes do Credo Social de Wesley até o século XIX
II Parte
Rauschenbusch e Wesley
Esses dois teólogos têm elementos comuns quanto à compreensão desantificação. Ambos viveram grandes mudanças estruturais. O século XVIII foimarcado pela fase de mudança industrial, ou seja, é um período de transição histórica. AInglaterra deixou de ser uma sociedade rural, agrícola e tradicional, sendo substituídapelas máquinas como símbolos daquilo que se chama civilização industrial. Por outrolado, junto com as máquinas veio a exploração do trabalho de mulheres e crianças. Já osmeios de produção estavam concentrados nas mãos de poucos.
Os Estados Unidos também foram palco de grandes mudanças no século XIX. Após a Guerra de Sucessão (Guerra Civil norte-americana) e até o fim da I GuerraMundial houve uma expansão muito forte do capitalismo sem empecilho algum. Isso pode ser exemplificado com o surgimento de novas organizações empresariais de grandes corporações, monopolizando o poder. Com isso, também houve um crescimento demográfico rápido e desordenado. Logo, os EUA recebem migração de diversos lugares do mundo. Ambos se defrontaram com as igrejas despreparadas com os desafios de seu tempo. As regras eram prisioneiras da ideologia dominante. Isso justificava um duplo contraste social.
Segundo o professor José Carlos, tanto Wesley como Rauschenbusch descobrem, junto ao povo pobre, a face de Deus como fonte de toda teologia. Ele citou o texto de Lucas 4 e Isaías 61. Wesley encontrou o povo em Bristol, 1739, ao ser convidado por Jorge Withfield a pregar ao ar livre. Para os dois, a salvação é social: ninguém poderia ser salvo isoladamente, mas na e com a sociedade. Segundo o palestrante, “eles descobrem o tema do Reino de Deus, são coerentes em sua prática missionária, pois naquela época preocupavam-se com a escassez de alimentos. A conseqüência do Evangelho Social se fez sentir em todas as denominações”.
0 comentários:
Postar um comentário
Faça um blogueiro feliz! Comente aqui!