sábado, 31 de maio de 2008
Ciência e Fé
sexta-feira, 30 de maio de 2008
Encerramento da 57ª Semana Wesleyana
Magali do Nascimento Cunha, professora da Fateo, fez uma avaliação das palestras da Semana, embasando seus comentários no pensamento de Richard Niebhur, teólogo americano que refletiu sobre a responsabilidade social das igrejas. “Minha liberdade tem que ter responsabilidade com o outro. Quando jogo o lixo na rua, contribuo com as enchentes que chegam às casas, porque os bueiros estão entupidos. Eu não vivo sozinha”, explicou a professora.
Ações responsáveis
Dentro dessa perspectiva a professora falou sobre a questão da ética cristã, “como uma necessidade de formar o caráter do cristão, necessidade de um comportamento especial na sociedade”. Foi mais além ao citar o texto do Evangelho de Marcos 8.11-26 “vocês tem olhos para ver e não vêem, ouvidos para ouvir e não ouvem...” É preciso ver a nossa realidade e denunciar o que não é da vontade de Deus.
O Grande Julgamento
O culto de encerramento da Semana Wesleyana contou com uma encenação feita pos alunos da Fateo, enfatizando a responsabilidade de fazer o bem aos pequeninos, presos, pobres, marginalizados. A pregação do Bispo João Alves baseou-se no texto de Mt 25.31-46, intitulado pelos exegetas de “O Grande Julgamento”. Em um dos momentos de sua fala, o bispo salientou a urgência do trabalho da Igreja para dignificar a vida. Essa deve ser nossa meta, a do crescimento na santificação e no serviço: “A Igreja é peregrina e cresce quando sai de si mesma. É preciso ter ações embasadas em um crescimento de santificação, sem ser individualista. Precisamos trabalhar juntos”.
CD e livros lançados na Semana
Como nos anos anteriores, a 57ª Semana Wesleyana também contou com lançamento de produções da Editora da Faculdade de Teologia, a Editeo. Foram lançados mais dois exemplares das revistas Caminhando (nº 21) e Mosaico Apoio Pastoral (nº 41) e o livro com os conteúdos da Semana Wesleyana 2007 intitulado Mil Vozes para celebrar, sobre os 300 anos de Charles Wesley e sua contribuição à musicalidade das igrejas.
Foi lançado também o CD Mudança, trabalho de remasterização de um LP gravado plo coral da Fateo em 1984, o “Canto da Terra”. A reedição comemorativa traz canções que falam de justiça social e esperança e marcaram época nas igrejas metodistas: Xote da Vitória, Momento Novo, No Amor de Deus e Lavapés são algumas das composições para ouvir, cantar... e pensar.
Credo Social – uma proposta teológica
2. Testemunho de Wesley;
3.Unidade cristã e serviço comum que prestamos;
4.Contexto científico e tecnológico. “Vamos unir crença e máquina global há tanto tempo separada", afirmou.
quarta-feira, 28 de maio de 2008
III Parte
Perspectiva reformada a partir de Calvino e seu pensamento social foi o tema que o professor de História da Igreja na Fateo, Douglas Nassif Cardoso, levou à plenária. Ele começou dizendo que “o pensamento social de Calvino é pouco tratado na literatura dos reformadores”.
No momento das perguntas feitas por alunos, a questão do Meio Ambiente veio à tona. O professor José Carlos lembrou o tema que já foi abordado pela 51ª Semana Wesleyana e resultou no livro: Meio Ambiente e Missão: a responsabilidade ecológica das igrejas. Mas não parou por aí: “Todas as igrejas têm um desafio enorme com o cuidado com o meio ambiente, usos sustentáveis dos meios da terra”, disse ele. Concluiu dizendo que repensar o Credo Social numa perspectiva ecumênica envolve a responsabilidade ecológica das igrejas. Se as igrejas querem levar a sério sua missão, não podem deixar de debater sobre o meio ambiente. Do ponto de vista wesleyano, todos nós somos cuidadores da criação de Deus.
II Parte Credo Social
Raízes do Credo Social de Wesley até o século XIX - I Parte
Por José Geraldo Magalhães Júnior
As palavras de um dos Pais da Igreja, João Crisóstomo, também foram citadasem sua fala ao referir sobre o período medieval, Reforma e época atual: “Vale muitomais nutrir a Cristo que tem fome, que ressuscitar os mortos em nome de Jesus”.“Existem raízes profundas na fé que professamos”, acrescentou.
57ª Semana Wesleyana
Cláudio Ribeiro, que atua como pastor na Igreja Jardim Santo André, na periferia da cidade, destacou que uma das maiores preocupações de sua comunidade é com trabalho e emprego. Para o neo-liberalismo, que descarta a participação do Estado na regulação da economia, não há cidadãos: apenas peças descartáveis da engrenagem.
Paulo Ayres lembrou-se de uma experiência chocante pela qual passou sua irmã, que realizava trabalho de ação social no morro Chapéu Mangueira, no Rio de Janeiro. Ela encontrou lá um menino que conhecia, portando uma metralhadora e tentou alertá-lo para o perigo de ingressar no crime. A resposta dele foi categórica: “Meu pai foi pobre a vida inteira. Se eu morrer, pelo menos morro de Nike no pé”.
Ele afirmou que o tráfico de armas, o narcotráfico e a prostituição respondem, segundo pesquisas, por 61% da circulação de recursos econômicos em todo o mundo. Ou seja, 61% da economia mundial tem origem ilícita.
Há, ainda, outras questões para as quais as igrejas devem acordar, como a questão agrária, indígena, a luta dos quilombolas e o racismo que ainda impede expressões culturais afro-brasileiras nos templos protestantes.
A palestra da manhã não fechou questões. Ficou aberta a pergunta: precisamos construir um novo credo social para o nosso tempo? Ou precisamos conhecer os documentos que temos e aplicá-los realmente?
O Humanismo Social de Calvino II
Certamente é com respeito ao comércio do dinheiro que o pensamento econômico de Calvino é mais revolucionário. Biéler cita o Concílio de Nicéia em 775, que proibia o empréstimo a juros, claro, que a regra tinha lá as suas excessões, por exemplo, todo aquele que dava de empréstimo era autorizado a exigeir uma indenização caso sofresse danos reais.
Os primeiros reformadores condenavam o uso dos juros, fiéis a tradição da Idade Média, mas admitiam as excessões. Lutero, por exemplo, rebate a idéia dizendo que mais que o juro em si, são as taxas elevadas que devem ser consideradas usura. Por outro lado, Calvino, liberto pela fé de todas as tradições, aborda a questão em uma perspectiva bíblica, considerando ato de avareza a aplicação para fins de lucro de um empréstimo que é solicitado para socorrer alguém. Em se tratando de taza de juro, importa que o Estado estabeleça certas normas para que haja um ordem no âmbito social. Portanto, no pensamento de Calvino, o comércio do dinheiro, deve ser facilitado na medida que é necessário para o desenvolvimento da indútria e do comércio, mas com limites sadios evitando que a vida da sociedade seja perturbada pelos excessos de avareza.
Na concepção de Calvino sobre a vida econômica, ele buscava o equilibrio social de um lado, sempre renovado pelos bens e direitos da pessoa; do outro o respeito das necessidades do conjunto social. Seu pensamento sobre o econômico e social, abriga um tempo de preocupação pela pessoa e pela sociedade. Para Calvino, não se deve buscar os bens materiais por cobiça. Se a pessoa vive na pobreza, que suporte-a com paciência. Por outro lado, se a pessoa é tida como rica, que não venha se prender nas riquezas. Segundo Calvino é preciso trabalhar honestamente para ganhar a vida, pois, o sustento vem de Deus. E por último, quem nada possui que não deixe de render graças a Deus pelo pão de cada dia. Mas é necessário ter em mente os ensinamentos de Jesus que deu-se por nós em morte de cruz. Ou seja, é preciso comunicar ao próximo com alegria, amor, e com as graças que se recebe de Deus, ela possa ser repartida com aqueles que nada tem.
O Humanismo Social de Calvino I
Ao se tratar de trabalho, ele não pode ser uma fonte de opressão para o homem, mas é o meio pelo qual Deus dá o sustento para a humanidade. Portanto, o homem que fugir a essa obediência voluntária a Deus, estará sujeito a ser desligado da obra de Deus tornando-se uma fonte de problemas, ansiedade, injustiça e opressão. Para que isso não ocorra, o homem deve dar uma pausa em sua própria atividade deixando-se possuir por Deus e se entregando ao comando de seu próprio trabalho. Daí a importância do repouso, dia de descanso. Entretanto, como o desemprego é um flagelo social que deve ser combatido, privar o homem de seu trabalho, como diz Calvino, é como se degolássemos.
Conquanto, escreve Calvino, recebemos o alimento das mãos de Deus, ele nos ordenou que trabalhássemos. O trabalho não é, pois, invalidado na condição humana aqui na terra. Sabemos que todos os artesãos e trabalhadores dependem de seu salário para viver... Visto que Deus dessarte faz depender sua vida do esforço de suas mãos, isto é, de seu trabalho, privá-los dos meios necessários a esse trabalho é como se os degolássemos[1]
Sobre a doutrina do trabalho, Calvino é considerado um inovador em relação aos seus predecessores que, faziam do trabalho um dever terreno, sem uma relação imediata com a fé e a vida espiritual. Claro, isso de acordo com as doutrinas cristãs medievais. A escolástica, por exemplo, contribuiu para esvaziar de todo o prestígio e de todo valor espiritual as atividades profissionais. Em contra partida, Calvino liga estreitamente o trabalho com a vida cristã, destacando que o evangelho faz do trabalho a participação do ser humano na obra de Deus.
Seguindo o pensamento do autor que o salário é como um dom de Deus, surgem então algumas perguntas: Qual é o valor ideal do salário para o homem? Se o salário é um dom de Deus, o porquê uns recebem um dom maior que outros? Para compreender o real significado espiritual do salário, é preciso levar em conta uma verdade fundamental do evangelho: o homem não tem direito a nenhuma remuneração da parte de Deus. Tudo quanto recebe é expressão da graça do Deus Salvador que, misericordiamente provê o sustento para a vida. Na sua bondade Deus não deixa de conceder o necessário ao seu povo. O salmo 23 em sua tradução original reafirma isso com mais veemência no versículo 1 que diz: Javé (é) meu pastor eu não sentirei falta.
No entanto, é preciso ter uma tomada de consciência espiritual com respeito ao salário através do domínio da fé. Como nem todas as pessoas são cristãs para compreender essa dimensão espiritual, o salário tem que ter um preço justo, e equivalente ao preço de mercado, ou ditado pelas autoridades pública. Uma vez que o mercado de trabalho esteja saturado, não é lícito reduzir o salário a ponto de privar o trabalhador de viver com os seus. Calvino contestou essa posição, onde muitos ricos beneficiam dos pobres, espreitam as ocasiões para cortar pela metade os seus salários. Como o pobre não tem onde empregar e precisa de seu trabalho, ele aceita essa imposição.
[1] BIELER, André. O Pensamento Econômico e Social de Calvino. Pág. 52, São Paulo: Oikoumene, 1970.
Lutero
Por José Geraldo Magalhães Júnior
Retornamos a pergunta deste capítulo: Lutero, afinal, o que quis? Uma liberdade evangélica. O contrário do que se tem visto nos dias atuais, onde se pensa que pode fazer de tudo. Lutero tinha um conceito da liberdade evangélica. Para ele o cristão é um ser livre de todas as coisas e não está sujeito a ninguém, isso vale para o âmbito da fé. Para ele a compreensão entre pessoa e obra é fundamental. Segundo Altmann, Deus quer vir por detrás das obras exteriores e deseja, sobretudo, alcançar as pessoas em sua integralidade. Mas não pára por aí. Lutero segue adiante em seu tratado sobre As Boas Obras, ele faz uma inversão muito significativa ao afirmar que as obras feitas para a igreja como: jejuns, orações, penitências, veneração de relíquias, são decididamente más e coisas do diabo; por outro lado, as obras boas são aquelas que expressam amor ao próximo. O ponto crucial onde essa inversão acontece é a cruz de Cristo. Pois é na cruz que existe a renúncia e o direcionamento da vida humana e Deus. O que, aliás, aqui está inserido a “theologia crucis” de Lutero.
domingo, 25 de maio de 2008
Metodismo
Por José Geraldo Magalhães Júnior
Em 2008 temos duas datas importantes a serem lembradas: os 270 anos da experiência de John Wesley na rua Aldersgate em 24 de maio e os 40 anos da fusão de duas igrejas: a Metodista e a Evangélica dos Irmãos Unidos, formando a Igreja Metodista Unida. Como resultado dessa união, criou-se em 1968 o símbolo da Cruz e Chama que identifica a Igreja Metodista no mundo todo. Antes de ser criada a marca oficial, uma equipe designada pelo concílio da nova igreja decidiu que qualquer símbolo que fosse criado deveria trazer alguma expressão do calor que John Wesley sentiu no coração no dia 24 de maio de 1738. O resultado foi bastante feliz: simples, mas de rico significado, o símbolo metodista traz a cruz vazia (representação do Cristo ressurreto) e a dupla-chama, que representa tanto a junção das duas denominações americanas, quanto a experiência do coração aquecidoA história deste símbolo é bastante significativa para o povo chamado metodista. Sua criação começou nos Estados Unidos, em 1968, quando duas Igrejas (a Metodista e a Evangélica dos Irmãos Unidos) se fundiram, formando a Igreja Metodista Unida.
Cruz e Chama: Este símbolo foi criado nos Estados Unidos em 1968, ano do nascimento da Igreja Metodista Unida. Nesse ano, um Concílio da nova Igreja (a Metodista Unida) nomeou uma equipe liderada por Edward J. Mikula para criar uma marca "oficial" para a nova denominação que surgiu a partir da fusão. Na equipe de Mikula, trabalhava Edwin H. Maynard, que pesquisou os aspectos simbólicos da marca "oficial". Tanto Mikula quanto Maynard decidiram que qualquer símbolo que fosse criado deveria carregar alguma expressão de calor como aquela que John Wesley sentiu em seu coração, na Rua Aldersgate, na Inglaterra, quando da sua experiência religiosa, em 24 de maio de 1738. Por isso é que a equipe liderada por Mikula assumiu o emblema que contém a cruz vazia, lembrando o Cristo ressurreto, e a chama, lembrando aquele calor estranho no coração de Wesley, naquela noite de primavera, na Inglaterra do século 18. Além disso, o simbolismo do emblema nos relaciona com Deus, o Pai, através da segunda e terceira pessoas da Trindade: o Cristo (cruz) e o Espírito Santo (chama).
sábado, 24 de maio de 2008
Famíla
Romanos 1.16-17
Por José Geraldo Magalhães Júnior
Explicação: A carta aos Romanos[1] juntamente com Gálatas e I Coríntios, são consideradas cartas doutrinárias. Em Romanos o que está em questão é a Lei e a Graça. A partir do cap. 1.7 a lei é boa, mas quando não dá para seguir ela serve para acusar. Sendo assim, o judeu e o gentio não têm salvação porque não seguem a lei. No cap. 7.24 Paulo chega à seguinte conclusão: “Infeliz de mim, quem me livrará desse corpo de morte?” Do cap. 1 ao 7 a carta fala da vida sob a lei que tem um resultado de morte; em contrapartida, do cap. 9 ao 15 relata a vida sob a graça de Deus. Ao longo da carta a palavra Pneuma[2], Espírito aparece 34 vezes, sendo 20 somente no capítulo 8. Ou seja, o tema central da carta está no capítulo 8. A transição da vida da lei para a graça se dá através do Espírito. Para Paulo a Salvação é pela fé. Quem proporciona a mudança de mente é o Espírito. Quando Paulo diz no cap. 12.1 “Rogo-vos, pois, irmãos...” no grego o verbo exortar, parakaléu[3] quer dizer: prestem atenção!(v.1) Não sejais amoldados (v.2), mas transformados. Em outras palavras, peço que vocês não entrem no esquema atual (o da lei), mas pratiquem o latréia logikós[4], o culto racional ou espiritual. Não adianta cumprir uma série de “regrinhas”, por exemplo, ir à igreja, cantar, bater palmas para obter a salvação.
Proposição: Assim, de acordo com a carta aos Romanos, podemos aprender três aspectos sobre a Salvação.
Palavra chave: aspectos – Interrogantes: Quais?
DESENVOLVIMENTO:
Transição: O primeiro aspecto da Salvação é a...
I- Salvação (versus experiência pessoal):
a. Passado: A palavra Salvação, no grego soteria[5] significa livramento, chegar à meta final com livramento, proteger de dano. O aspecto passado inclui a experiência pessoal, mediante a qual, nós cristãos recebemos o perdão dos pecados, ou seja, recebemos de Deus um livramento. Com isso, passamos da morte espiritual, como afirmou Paulo (7.24) e passamos para a vida espiritual (I Jo 3.14), do poder do pecado para o poder do Senhor. A experiência passada de soteria, de livramento nos leva a um novo relacionamento pessoal com Deus (I Jo 1.12) e nos livra da condenação do pecado, pois a “Salvação é para todo aquele que crê” (1.16).
b. Presente: Todos nós provavelmente já ouvimos falar em duas frases: “a salvação é individual!” ou “todos os caminhos nos levam a Deus!” O mais importante que conceitos sobre a salvação, é saber viver um relacionamento diário com Deus como nosso Pai, e com Jesus Cristo como nosso Salvador.
c. Futuro: A soteria de Deus abrange o livramento da ira vindoura (5.9); nossa participação da glória divina (8.29) e nosso recebimento de um corpo ressurreto. Esse é o ponto central que todos os(as) cristãos(ãs) esforçam para alcançar.
Transição: Além da salvação existe um segundo aspecto que é o da...
II- Redenção (versus resgate pessoal):
a. Passado: O significado original de “redenção” é apolutrosis[6], resgatar mediante um preço. No AT o grande evento redentor foi o resgate de Israel em Ex 6.7. A expressão apolutrosis denota o meio pela qual a salvação é obtida: Pagamento de um resgate. O cap. 3.10-18 mostra que o ser humano está alienado a Deus, por isso precisa ser redimido mediante um resgate, pois o ser humano está escravizado pelo pecado (6.6, 7.14) e necessitando do livramento da culpa, da condenação e do poder do pecado (1.18; 6.1-18, 23).
b. Presente: Quando passamos uma nota promissória para alguém, para resgatá-la é preciso fazer o pagamento da dívida. Creio que temos uma dívida com Deus e para pagá-la é preciso entregar nossa vida a Jesus.
c. Futuro: Uma pessoa redimida pelo sangue de Jesus, não carrega o fardo do salário do pecado que é a morte, mas a vida em abundância em Cristo.
Transição: No entanto, além da salvação e redenção, é preciso o terceiro aspecto que é a...
III- Justificação (versus endireitar):
a. Passado: A palavra justificar, no grego dikaioo[7], significa ser “justo diante de Deus” (2.13), “tornado justo” (5.18-19), “estabelecer como certo”. Foi através do Evangelho que Paulo descobriu a justiça de Deus (1.17). Uma vez a pessoa justificada ela tem seus pecados perdoados. Para o apóstolo Paulo foram reveladas várias verdades a respeito da justificação e como ela é efetuada, por exemplo, a justificação diante de Deus é uma dádiva (3.24), e “todos carecem da glória de Deus” (3.23).
b. Presente: Tem um ditado popular que diz: “pau que nasce torto morre torto!” Isso é uma inverdade, porque a pessoa uma vez salva, redimida e justificada por Deus, tem sua vida transformada em atitudes de acordo com as vontades de Deus.
c. Futuro: Uma pessoa justificada por Deus seria então, aquela que é “crucificada” com Ele, ou seja, passa a viver uma experiência de justificação vivendo para Deus (2.19-21). A obra justificadora e transformadora de Cristo em nós, mediante a transição da lei, através do Espírito para a Graça, não se separa da salvação e redenção de Jesus.
Transição: Concluindo
PERORAÇÃO:
O nosso texto base não pode ser entendido como versículos isolados da palavra de Deus, mas é preciso analisar o contexto da Carta aos Romanos. Uma vez que Paulo não se envergonhava do Evangelho, porque para ele era o poder de Deus (v. 16). Ele vivenciou na comunidade de Roma o tema da lei e da graça de Deus, que somente chega-se aos três aspectos da salvação, redenção e justificação, através do Pneuma que é tratado no cap. 8 enfaticamente. Ou seja, a graça de Deus chega até nós, porque o Espírito, a Ruah de Deus é quem convence o homem do pecado da justiça e do juízo. Amém!
Quem sou eu?
No estado de São Paulo, como seminarista ainda, cheguei a dar minha contribuição na Igreja Metodista em Vila Aricanduva, Zona Leste de São Paulo; como pastor acadêmico em Jardim Ipê (SBC) e, depois de formado, na Igreja Metodista em Vila Planalto e na Sede Geral.
Ah! sim, quanto ao sonho de jornalista, tudo tem o tempo de Deus (Ec 3). Estou cursando na UMESP o melhor curso de jornalismo do país, segundo o Guia do Estudante. Cada um tem uma história!
sexta-feira, 23 de maio de 2008
Meio Ambiente
Por José Geraldo Magalhães Júnior
Quando vejo as geleiras dos grandes oceanos se desfazendo, percebo que o mundo está chorando devido as ações do homem. O que mais se tem falado por aí é sobre o Aquecimento Global, que pode ter um caráter reversível ou não. Portanto, é necessário tomar providências cabíveis para diminuir as emissões de gases na atmosfera que provocam esse aquecimento. O desmatamento ilegal nos países subdesenvolvidos são os grandes responsáveis por esse aquecimento global com cerca de 25%. No entanto, a maior fonte é a queima de combustíveis fósseis, como o petróleo, principalmente nos países desenvolvidos. A poluição do ar é caracterizada pela presença de gases tóxicos e partículas líquidas ou sólidas no ar.
O ar é uma mistura de gases. A atmosfera que é uma camada que envolve o planeta, é constituída de vários gases. Os principais são o Nitrogênio (N2) 78% e o Oxigênio (O2) 21 % que juntos, compõem cerca de 99% da atmosfera. Outros gases completam atmosfera, dentre eles os gases do efeito estufa[1]. Com o aumento dos gases do efeito estufa provocados pelo homem, através de queimadas, resíduos tóxicos entre outros, isso impede que ocorra uma perda demasiada de calor para o espaço, mantendo a Terra aquecida. Esse aumento de calor no planeta pode gerar conseqüências graves para a vida na Terra como: aumento do nível do mar, vazão reduzida em rios durante o verão, extinção de espécies e, sobre tudo, os ecossistemas e a biodiversidade do mundo inteiro. A grande preocupação é o nível dos mares que estão aumentando a cada década em 0.01 a 0.025 metros. Nessa estatística algumas ilhas e países no Oceano Pacífico podem ficar submersas no futuro. Se não tomar uma atitude emergencial, as emissões de gases de efeito estufa aumentarão de 37% até 2030 e, em 2050 até 52%.
Segundo o estudioso da área ambiental, José Goldemberg, em S.O.S Planeta Terra,[2] gases como o Dióxido de carbono (CO2) têm uma taxa de crescimento de 0,5% ao ano, isso contribui com 55% ao efeito estufa. Outros gases como o Metano (CH4), Clorofluorcarbonos (CFC13 CF2c12) e o Oxigênio de nitrogênio (N2O) também contribuem fortemente para o efeito estufa nas seguintes proporções de 15%, 20% e 10% respectivamente.
Recentemente o teólogo Leonardo Bof cedeu uma entrevista à ADITAL – Agência de Notícias da América Latina e Caribe[3], dizendo que se existe um desafio essencial do ser humano na atual etapa histórica, é salvar a "casa comum", quer dizer a terra. Isso significa liberar o homem da sua alta destruição. Isso comprova que se o ser humano não tomar as medidas cabíveis em relação ao meio ambiente, as gerações futuras estarão comprometidas.
[1] http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global acessado em 16 mar 2008.
[2] GOLDEMBERG, José. S.O.S Planeta Terra: O efeito estufa. Editora Brasiliense, 1990.
[3] http://www.adital.org.br acessado em 16 mar 2008.