sexta-feira, 20 de junho de 2008

“O Senhor é contigo"

O livro de Juízes nos capítulos 6 e 8 relata a história do jovem Gideão. A Bíblia o descreve como um varão valoroso, que viveu em uma época difícil para o povo de Israel (6.1-6). Foi um período de servidão dos israelitas aos medianitas, que por sua vez, era um povo que conhecia outros deuses (6.2). Deus interessado em resolver a situação do povo de Israel, envia um anjo a falar com Gideão, quando ele trabalhava no campo de seu pai (6.11). O anjo disse-lhe: “O Senhor é contigo, varão valoroso”. Mas Gideão responde dizendo: “Mas se o Senhor é conosco, por que nos aconteceu todo este mal? (6.12-13)”.
Não é de surpreender a preocupação de Gideão, pois muitas vezes também é a nossa. Se Deus está conosco, por que todas essas dificuldades diante do povo? Será que Deus olha somente para uns e se esquece de outros? O texto continua com a resposta de Deus: “Vai, nesta tua força, e livrarás a Israel da mão dos midianitas (6.14)”.
Um dos aspectos interessantes desse texto está exatamente em Deus ver que Gideão tinha em si força para livrar seu povo. Deus estava trazendo para Gideão a solução para o problema do seu povo, como prova inequívoca de que Deus ainda era com eles. A juventude é a força motriz das sociedades. E Gideão não fugiu à regra. Jovem que era, foi chamado para libertar seu povo. “Vai nesta tua força.” Deus estava se referindo na força espiritual, força interior.
Deus viu em Gideão a FÉ que traz mudanças, capaz de remover montanhas. Talvez foi isto que Deus viu em Gideão, e que continua vendo na juventude de todo o mundo. Fé e coragem moral de dizer NÃO à corrupção, à violência, às drogas, ao sexo irresponsável e às injustiças. Será que na juventude de hoje, existe essa mesma força?
A juventude é esperança para um mundo mais livre, justo e igualitário. Pois a nossa fé pode impregnar a humanidade com tais valores. É preciso desenvolver a fé, aumentar o conhecimento para que o percurso da vida, às vezes nada agradável, não ofusque as convicções de mudança.
A Bíblia é palavra de Deus, que se faz esperança àqueles(as) que se encontram sem uma perspectiva de vida. Jesus deixa um exemplo claro para os discípulos, que estavam sem visão, sem rumo no caminho de Emaús (Lc 24.13-35). Jesus se faz próximo, escuta a tristeza dos dois homens que caminhavam cabisbaixos. Uma pergunta surge do nada: “que é isto que vos preocupa à medida que caminhais?”, em contrapartida, uma resposta de perplexidade: “És o único que estando em Jerusalém ignoras as ocorrências desses últimos dias?” (17-18). Jesus escutou (19-24). E daí, o convite inesperado: “fica conosco” (29). A conversa que fez aqueles homens enxergarem foi ao redor da mesa, na eucaristia, no partir do pão. Jesus se faz próximo dos sem identidade, pergunta pela vida, escuta, relembra a história, renova o compromisso com a fé na vida e reinstaura a prática da partilha.
Concluo dizendo que a bíblia fornece vários exemplos, onde a juventude é vocacionada por Deus. O chamado vocacional, tanto no Antigo como no Novo Testamento, acontece em muitos casos às pessoas ainda jovens, por exemplo, Jacó (Gn 28.13-17), Moisés (Ex 3.1 a 4.17), Samuel (ISm 3.1-21), Isaías (Is 6), Jeremias que disse não passar de uma criança (Jr 1.6), Rute (Rt 1.16), Maria (Lc 1.26-38) entre vários outros. Portanto, a juventude precisa assumir seu lugar diante da sociedade e ouvir a voz de Deus dizendo: vai nessa tua força jovens valentes, porque Eu sou com vocês!
José Geraldo Magalhães Júnior
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quinta-feira, 12 de junho de 2008

Últimas notícias do Instituto Bennett?

Fonte: www.metodista.org.br publicada em 11/06/2008
O que está acontecendo com o Bennett

Nota oficial traz esclarecimentos sobre a situação do imóvel de propriedade do Instituto Metodista Bennett

O Instituto Metodista Bennett, instituição de ensino fundamental e superior localizada na cidade no Rio de Janeiro, está passando por uma crise financeira que tem preocupado metodistas de todo o país e mobilizado as lideranças da Igreja na busca de uma solução. No dia 6 de junho o imóvel da instituição, localizado na rua Marquês de Abrantes, chegou a ser posto em leilão por falta de pagamento de uma dívida contraída com uma instituição bancária, o Banco Daycoval.
Para evitar a realização do leilão, a Associação da Igreja Metodista, AIM, ingressou com uma medida cautelar e fez um depósito de cerca de 5 milhões de reais (mais exatamente R$ 4.944.342,18), correspondendo ao valor total da dívida com juros e correção. O juiz do processo que tramita em São Paulo não suspendeu o leilão, mas concedeu uma liminar impedindo qualquer ato que concretizasse a transferência do imóvel da rua Marquês de Abrantes, no bairro do Flamengo.
A Associação da Igreja Metodista tomou as medidas jurídicas necessárias a fim de reverter a situação e manter essa propriedade construída a partir de 1888 como fruto do trabalho missionário da Divisão de Mulheres da Missão Estrangeira da Igreja Metodista dos Estados Unidos e de muitos outros metodistas ao longo desses anos.
Alexandre Rocha Maia
Secretário Executivo da AIM

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domingo, 1 de junho de 2008

O Novo Libertador (Mq 5.1-5)

Um Novo Libertador

Por José Geraldo Magalhães Júnior

O texto de Miquéias 5, 1-5 pode ser melhor interpretado se dividido em dois momentos diferentes:
O primeiro é onde pode ser caracterizado pelo anúncio do Messias, do novo libertador (v. 1). Esse novo libertador virá como uma criança e será entregue por Deus (v.2) e, as características desse governo será de um pastor que reinará seu povo na força do Senhor (v. 3).
O segundo momento apresenta o Senhor de paz. A marca desse sonho é representada por esse novo libertador (v. 5a) que trará a paz, a esperança da salvação ao povo, já que a Assíria será conquistada e devolverá a liberdade ao povo.
Contexto Histórico 1a
O texto em si, faz uma ligação a fatos anteriores (1a). Após o anúncio da terra prometida feito a Abrão (Gn12) que posteriormente chamado de Abraão (Gn17). Nesse contexto, Deus intervém dando o início de um plano divino para redimir e salvar a raça humana. Deus lhe faz a promessa que de sua família sairia uma grande nação. Na busca do cumprimento dessa promessa, o povo de Israel ao ser liberto das mãos de Faraó, caminhou 40 anos no deserto buscando alcançar a terra prometida. Depois de muitas provações e experiências com Deus vividas no deserto chegam ao Jordão, que é justamente o local de separação do deserto e a terra prometida.

Palavras de Javé a Josué 1b-3
Na verdade esse “atravessar o Jordão” (1b-3), seria o cumprimento da promessa, porque Javé não faz uma proclamação a Josué, e sim uma ordenança. Javé ordena a Josué que pegue doze homens, um de cada tribo (2a) e erguem uma Estela, uma coluna no meio do Jordão (3a-3b) onde os pés dos sacerdotes estivessem firmes com doze pedras. O ato de construir é muito importante, porque mais tarde servirá de memorial para futuras gerações. Essa construção da Estela seria um marco da travessia do Jordãoe o cumprimento real da promessa.
Javé ordena a Josué (3c-3e), que os representantes de cada tribodevem passar o Jordão cada um com uma pedra. Fazendo com que essas pedras repousassem no acampamento onde o povo de Israel iria pernoitar aquela noite.

Palavras de Josué aos doze 4-6
Josué repassa a mensagem divina aos doze que ele convocara (5b-6), como cumprimento da ordenança de Javé para que erguessem uma Estela de maneira que ela fosse um memorial no meio do povo de Israel. Para o cumprimento da promessa era necessário que eles passassem á frente da arca de Javé, que por sua vez, tem um significado muito importante na história do povo de Israrel. Pois, a arca representava a presença de Deus no meio do povo, ou seja, Deus estava ali com eles no meio do Jordão, onde as águas se separaram para a passagem da arca. No meio do Jordão (5b), cada homem, segundo as palavras de Josué, iria pegar uma pedra (5c) e elevar sobre o seu ombro representando o número dos filhos das tribos de Israel.
Todo esse ritual de pegar um homem de cada tribo, representando as doze tribos (2a), era para servir de memorial aos filhos de Israel (6). A construção desse memorial era na verdade, um marco na história daquele povo ao atravessar o Jordão. Pois, as águas se separaram para que a arca de Javé, juntamente com o povo de Israel, pudesse chegar a terra prometida. A construção da Estela no Jordão, era para servir de memorial aos filhos de Israel (6), quando perguntarem que sinal era aquele no Jordão.
Esse atravessar o Jordão tem um significativo de suma importância na história do povo, porque é exatamente o local de separação do deserto e a terra prometida, ou seja, depois de longos anos de sofrimento, enfim, a vitória. Chegaram à nova terra prometida por Deus. Isso representa que Deus nunca abandonou o seu povo e nunca deixou de cumprir uma de suas promessas, ela pode tardar mas não falhará.
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